Nuno Campilho
Biografiado Autor

20 Set 2023 | 13:17

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Nuno Campilho

O que eu também não vejo é grande reação por parte de quem, no Benfica, pudesse escrever, dizer, ou fazer alguma coisa (que não eu, que sou um ente menor).

Quando pensamos que a ciência oculta em que se tem tornado a arbitragem portuguesa já nos mostrou tudo aquilo de que é capaz, de entre linhas de fora-de-jogo mal colocadas (que resultam em golos ilegais), a penáltis revertidos por telemóvel, passando pela impunidade de atletas que “entram” à margem da lei sobre adversários sem qualquer advertência disciplinar, e culminando com jogos que duram 90+22 minutos, eis que somos brindados com decisões inexplicáveis, porque – supostamente – justificáveis a um olho nu que só parece estar disponível para quem é VAR, mas que não nos deixa ver, em conluio com o operador televisivo que detém os direitos de transmissão da maioria dos jogos da Primeira Liga, se excluirmos os jogos do Glorioso, na Luz.


Eu, que na semana passada escrevi sobre a pacificação do futebol português e antecipando que não ia ser bem-sucedido, assisto ao acumular de mais um fim-de-semana futebolístico de disparates, que só me fazem ter cada vez mais certeza disso.

Se o VAR sugere decisões ao árbitro com base em imagens que, pelos vistos (estou a ser condescendente), são evidentes, porque é que ao público que assiste aos jogos através da Sport TV não lhe é concedido o mesmo direito? Porque, se são assim tão evidentes, evitavam discussões infindáveis e poupavam-me a ser cansativo nos escritos recorrentes sobre o mesmo tema.


O problema, se não, mesmo, a constatação, é que estaremos perante a inexistência dessas imagens e, preferindo manter a dúvida, ao invés de revelar o erro, o VAR e a Sport TV excluem, propositadamente, essas mesmas imagens.

Por exemplo, para mim, o jogador do Vizela que, supostamente, sofre falta passível de marcação de grande-penalidade contra o Benfica, tropeça nele próprio; e o Neres toca na bola, em momento prévio ao isolamento do Rafa que resulta na defesa, com a mão, fora da área, do guardião contrário, logo, não podendo estar em fora-de-jogo, ao invés da única imagem e parada, que nos foi disponibilizada – o que é só ridículo – pois mostra o frame da bola a sair do pé do Otamendi, sem nunca mostrar a sequência que resulta do toque do Neres, que antecede a entrada do Rafa (aí, sim), na jogada e em jogo. E porque é que o digo de forma tão veemente? Porque foi o que eu vi! Se o VAR viu uma coisa diferente, a Sport TV que divulgasse as imagens! Então têm ângulos diferentes e mais esclarecedores para os disponibilizar ao VAR e não os disponibiliza aos telespectadores? A considerável mensalidade que cada um dos assinantes paga para ter esse canal (a maioria deles, benfiquistas, que só o fazem para assistir aos jogos do Benfica fora de casa) não é suficiente para se exigir um melhor serviço? Ou é, ou não é... ou o VAR vê e eu também quero ver, ou o VAR não vê e faz persistir a dúvida nos mais incautos (que são quase sempre os mesmos), numa cruzada evidente que intui o prejuízo do Benfica, logo a começar o campeonato, que é para que ninguém diga que não foi avisado e que não estava preparado para que tal acontecesse (nem o protocolo do VAR respeitam... foi a primeira vez que vi um árbitro consultar o monitor para assinalar um fora-de-jogo! De disparate, em disparate, até à ridicularização final).


O que eu também não vejo é grande reação por parte de quem, no Benfica, pudesse escrever, dizer, ou fazer alguma coisa (que não eu, que sou um ente menor). Mas... enfim... é lidar.

Voltando à temática das habilidades (porque é o que, em parte, me apraz registar do que acabei de descrever), não posso deixar de perguntar porque é que o Luís Freitas Lobo não persistiu na desistência de comentar, em direto, jogos do futebol português, como assumiu (pela própria e viva-voz) no final da época 2019/20, alegando que estavam a matar a sua paixão pelo futebol. O que terá sucedido, entretanto? Outras paixões (ou valores...) mais alto se levantaram? Desistiu da paixão e entregou-se ao amor público pelo Braga (do qual diz ser adepto), ou ao amor privado pelo Porto (o qual dificilmente disfarça)? Um comentador que vê um ataque final avassalador do Vizela à baliza do Benfica (que só fez dois remates enquadrados, um à figura do Trubin e outro na marcação da grande-penalidade e que mal conseguiu construir uma única jogada de frisson, quanto mais, de perigo), e uma falta do Otamendi num lance em que é visivelmente pisado pelo Samu (e, mesmo nas repetições insistindo que o Otamendi fez falta), só pode ser alguém, realmente, apaixonado... e desprovido de valores!

Nada de extraordinário, no contributo para o inflamar e extremar de posições e para algumas taquicardias de entre os benfiquistas. Só faltava contratarem o inenarrável José Leirós para fazer os comentários no “Juízo Final”. Ena pá... isso era, mesmo, bater no fundo e de um descaramento atroz e insultuoso.

E não é que contrataram... mesmo?

VAR, ou não ver... eis a questão! Eu bem que não queria ver, para não ter do que me queixar, mas é impossível.

Haja saúde, meus queridos e apaniguados benfiquistas, e que possamos ter um arranque vitorioso na Liga dos Campeões. Aí, pelo menos, as paixões estão arredadas da equação e os valores que se levantam são outros, como os da dignidade, do respeito e da sã competitividade.

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