Sudakov revela dedicatória especial no golo que marcou no Benfica - Rio Ave

Guga Rodrigues explicou os motivos de não ter vingado na Luz, e nomeou alguns dos melhores jogadores com quem partilhou balneário, com destaque para outros craques formados no Seixal Campus. O médio português, que hoje atua no campeonato chinês, concedeu uma entrevista ao jornal A Bola, onde abordou vários momentos da sua carreira.

Guga Rodrigues: "Só não dá jogador no Benfica quem não quer"

"Sim, claro que as lesões acabaram por influenciar, mas da minha parte não há mágoa. Há sim um agradecimento, porque, já disse várias vezes, o Benfica dá todas as condições para tu teres uma carreira no futebol. Claro que depois há opções, há jogadores que fazem as suas estreias na equipa principal do Benfica, mas, mesmo aqueles que não fazem, o Benfica dá todas as condições para tu teres uma carreira. Eu até já disse: ‘só não dá jogador no Benfica quem não quer.’", começou por explicar Guga Rodrigues, sobre o percurso no emblema da Luz.

Prosseguiu, sobre os melhores jogadores com quem partilhou balneário: "O melhor jogador é difícil, porque havia, e há, ainda estão a jogar, mas havia muita qualidade. Mas se calhar o que se via que estava se calhar mais pronto para o rendimento imediato numa primeira equipa, se calhar era, pelo nível físico, era o Renato Sanches. Depois a ascensão também do Rúben Dias não me causou surpresa, porque já se via uma liderança diferenciada de todos nós e isso depois ajudou claramente na equipa principal do Benfica, mesmo passado um ano ou dois entregaram-lhe a braçadeira".

Comentou, também, o golo que marcou frente às águias, ao serviço do Rio Ave, com quem o conjunto encarnado empatou recentemente: "Acho que é especial para todos os jogadores que estão em equipas ditas mais pequenas conseguirem marcar golos contra os ditos grandes. Não é mais especial marcar contra o Benfica do que se fosse contra o FC Porto ou o Sporting".

Por último, avaliou as chances das águias neste campeonato nacional: "Do que eu vi, neste momento a equipa que eu mais gostei foi o FC Porto. Acho que tem umas ideias diferentes do que se tinha visto nos últimos tempos. Claro que o campeonato é longo, acontecem muitas coisas, agora pelo que tenho acompanhado, tem tido algumas lesões, mas acho que vai ser muito renhido. Tanto FC Porto, Sporting e Benfica acabaram por fazer um investimento super, super alto".

Yony González revelou, recentemente, que ficava acordado até à madrugada quando alinhava no futebol português para conseguir ver partidas da Taça dos Libertadores. O jogador, que chegou ao Benfica em 2019/20, e que também alinhou pelo Portimonense no campeonato nacional, fez as revelações em entrevista ao Globoesporte. O extremo é compratiota de Richard Ríos.

"Estava em Portugal, no Portimonense, e ficava acordado para assistir aos jogos da Libertadores. Em março, estava livre. O Fernando Diniz ligou-me e fiquei muito feliz. Fazer parte da equipa foi como um sonho. Para mim não estava escrito que ia voltar três anos depois. Fernando Diniz é meu segundo pai. Foi alguém que me ajudou muito dentro e fora de campo. Tento assistir aos jogos dele e torço para que possa ganhar mais títulos", começou por explicar Yony González.

O jogador representa, hoje, o Rionegro Águillas, da Colômbia, mas foi na sua passagem pelo Fluminense que conheceu maior sucesso, isto depois de ter deixado o Benfica. O jogador conquistou a Taça dos Libertadores em 2023, ao serviço do emblema brasileiro. Admitiu o desejo de voltar a disputar o Brasileirão em breve.

"A vontade está sempre lá. Agora jogo na Colômbia. Digo aos meus ex-companheiros das equipas do Brasil que a minha vontade é jogar o Brasileirão. Há um monte de craques. Depois de eu sair, chegaram todos", atirou Yony González, jogador que não teve um percurso feliz no Benfica.

Terminou, a relembrar essa grande conquista na sua carreira: "Um jogo difícil. O Internacional marcou um golo muito rápido e ficámos nervosos. Na primeira parte, Diniz chamou-me para me perguntar se eu estava pronto para jogar. Falei que sim. Entrei para o lugar do Guga, lateral-direito. Graças a Deus consegui essa assistência que ficou na história do clube".

O registo do Benfica em casa tem sido um verdadeiro desastre. Nos últimos três encontros disputados no Estádio da Luz, os encarnados empataram frente ao Santa Clara, perderam frente ao Qarabag e voltaram a empatar na passada terça-feira, dia 23 de setembro, frente ao Rio Ave. Excluindo a derrota, os dois últimos empates das águias têm um denominador comum: o tempo extra. 

Tal acontece porque, tanto no encontro frente ao Santa Clara, como frente ao Rio Ave, ambos a contar para a Liga Portugal Betclic, o Benfica sofreu o fatídico golo do empate já nos descontos da partida, sempre numa altura em que liderava o jogo pela margem mínima de 1-0.

Na quinta jornada do Campeonato Nacional, foi Vinícius Lopes quem congelou o 'Inferno da Luz', ao apontar o golo do empate por uma bola frente ao Benfica ao minuto 92, após um erro grave de Otamendi que se revelou decisivo. Nessa altura os encarnados ainda eram treinados por Bruno Lage.

Agora, já na era de José Mourinho, foi André Luiz o carrasco do Benfica no tempo extra, garantido o empate e, consequentemente, um ponto para o Rio Ave, ao marcar um verdadeiro golaço aos 90'+1, no regresso do 'Special One' à sua antiga casa. 

Para além disto, o encontro de ontem tem ainda uma outra curiosidade a si inerente. Isto porque, dos 22 titulares do Benfica e o Rio Ave, apenas um deles era português, sendo este António Silva. Assim, este jogo entrou para a história da Liga Portugal Betclic como sendo a partida com mais estrangeiros nos 11 iniciais.