
Receba as principais notícias do Glorioso 1904 no seu WhatsApp!
Clube
|
O Benfica através do vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube, José Pereira da Costa, revelou a metodologia da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), agendada para sábado, dia 21 de setembro. A convocatória tem início às 9h30 e tem como ordem de trabalho três pontos.
O primeiro ponto é a discussão e votação na generalidade da proposta global de revisão dos estatutos apresentada pela Direção do Benfica. De seguida irá proceder-se à discussão e votação das propostas apresentadas na especialidade admitidas. Por fim, será a votação final global das alterações aos Estatutos nos termos da proposta de metodologia aprovada.
Em declarações à BTV, José Pereira Costa revelou que as portas vão abrir às 8h30, de modo a que todos os sócios consigam “participar num processo que se quer participativo, participado e aberto”, sendo que para os estatutos serem aprovados “têm de ter três quartos dos votos dos associados presentes, quer na votação final global, quer na votação inicial global, quer nas votações intermédias na especialidade”.
“O primeiro passo é a votação inicial global de uma proposta consensual, que reuniu numa só proposta um conjunto de propostas globais apresentadas. […] Primeiro, uma votação inicial. Antes da votação inicial será apresentada a proposta nos termos da metodologia aprovada, haverá um tempo de debate com todos os associados que entendam que devem participar, haverá um tempo de deliberação e depois o tempo de início de uma segunda deliberação, que é o tempo de votação na especialidade de outras propostas apresentadas. Também quero sossegar os sócios do Benfica: vão ter acesso a todas as propostas apresentadas na especialidade dentro de um quadro que sistematize aquilo que houver para sistematizar para a total perceção do que está em causa no dia da votação”, explicou o vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Já sobre o processo de votação, José Pereira da Costa revelou que a primeira e a segunda votação serão “feitas com o braço no ar”, enquanto que a última será realizada através de “voto físico em urna”. O responsável encarnado lembrou ainda que “não poderá haver tempo para discutir outras questões”.
“Não temos ideia nenhuma sobre a que horas encerrará. Discutir o Sport Lisboa e Benfica não tem tempo. Não vamos iniciar a Assembleia Geral com projeto sobre o fim; queremos começá-la, discutir e queremos que os sócios tenham uma oportunidade real de discussão e que aproveitem o espaço e o tempo que lhes vai ser conferido por direito próprio para o exercerem”, concluiu o vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Durante o dia de ontem, 10 de março, cinco testemunhas foram ouvidas sobre o caso que envolve o Clube da Luz e Rui Pinto, no Juízo Central Criminal de Lisboa
|
Todas as cinco testemunhas que foram ouvidas na nova sessão do processo tiveram, na altura em decorreram os crimes, ligações institucionais com o Benfica. Destacando dois nomes, o antigo diretor financeiro das águias, Miguel Moreira e o ex-diretor de comunicação, Luís Bernardo.
Na altura do seu depoimento, o antigo dirigente, responsável pelo departamento financeiro do Clube da Luz, revelou que os ataques informáticos foram prejudiciais. “Há todo um impacto reputacional e também económico em relação ao segredo de negócio. É uma vantagem competitiva que se perdia perante os nossos concorrentes. Há ainda um impacto pessoal, para a própria organização, com preocupações futuras informáticas ou jurídicas”, começou por dizer Miguel Moreira.
Já Luís Bernardo, antigo diretor de comunicação, recordou os tempos difíceis que os encarnados enfrentaram: “O Clube quase paralisou. Aqueles três primeiros meses foram muito difíceis. Foi criado uma espécie de 'gabinete de crise'. A própria direção paralisou. Tivemos um momento de choque e avaliação, que durou cerca de três meses”.
Sobre as medidas tomadas depois dos ataques informáticos, o ex-diretor de comunicação revelou que o Benfica teve de fazer certas mudanças. “O Clube ficou um pouco paralisado, porque a sua atividade estava mais centrada nisto. Mudou os seus hábitos e teve reflexos nos resultados desportivos. Após quatro anos seguidos a ganhar, o Benfica estava à frente e começou a perder pontos”, vincou Luís Bernardo.
Denúncia deu entrada na justiça no passado mês de outubro e o organismo responsável deu início à investigação que visa o Clube da Luz
|
O Ministério Público, órgão responsável pelo encaminhamento e realizações dos processos judiciais em Portugal, abriu recentemente uma investigação que visa os negócios celebrados entre o Benfica e o Valência. Ao que o Record apurou, a denúncia foi feita em outubro, por Miguel Zorío, vice-presidente do emblema espanhol entre 2009 e 2010.
A notícia foi avançada pelo jornal espanhol ‘El Diario’, que revelou um documento, neste caso um e-mail, onde o Ministério Público confirma o início da dita investigação. O mesmo documento, enviado a Miguel Zorío, a 18 de fevereiro, também foi consultado pelo Record.
O ex dirigente valenciano, recorde-se, fez uma denúncia por alegados crimes de corrupção internacional e branqueamento de capitais, entre outros, contra as SAD do Benfica e Valencia, o empresário Jorge Mendes e os auditores das duas sociedades. Em causa estão as transferências de Rodrigo Moreno, André Gomes, João Cancele Enzo Pérez para o emblema espanhol e no sentido inverso, a chegada de Jonas ao Clube da Luz.
Na altura em que fez a denúncia, Miguel Zorío prestou declarações ao Record, onde abordou o tema. “É claríssimo que o Valencia colocou no Benfica quase 100 M€. Mais de metade desse dinheiro perdeu-se pelo caminho. O Benfica, em 2014, estava muito mal economicamente. Com a compra do Valencia por Peter Lim e Jorge Mendes, utilizou-se o dinheiro do Valencia para salvar o Benfica”, contou o antigo vice-presidente valenciano.
Em conversa com o jornal, Zorío garantiu que Peter Lim sabia do que estava a fazer: “Sabiam como movimentar o dinheiro fora dos circuitos legais”. Apresentando um cenário de como o dinheiro era movimentado: “Rede de empresas de offshore que já tinham sido criadas”.
Antigo candidato do Clube da Luz recorreu às redes sociais para congratular-se com o desfecho da Assembleia Geral para aprovar o documento
|
Durante o mês de fevereiro, a imprensa nacional adiantou que Noronha Lopes estaria a ponderar uma possível candidatura à presidência do Benfica. Depois da realização da Assembleia Geral de sábado, 8 de março, a ideia de que o antigo candidato irá mesmo entrar na corrida eleitoral ganhou mais força depois da sua publicação, onde reagiu ao desfecho da revisão dos Estatutos.
O Benfiquista, que saiu derrotado nas eleições de 2020, as mais concorridas da história do Clube da Luz, publicou na rede social Instagram, uma mensagem a congratular-se com o desfecho da Assembleia Geral. O possível candidato ‘aplaudiu’ a participação dos quase 8 mil Sócios no Pavilhão da Luz.
Recorde-se que desde setembro do ano passado que o Clube da Luz tentava, sem sucesso, aprovar os novos estatutos, com vista às regulamentações necessárias para as eleições presidenciais que irão decorrer no próximo mês de outubro. Na sua conta oficial de Instagram, o Benfiquista saudou a decisão tomada pelos sócios presentes na reunião. “E o Benfica ganhou”.
Noronha Lopes - Grande vitória de todos os que acreditam num clube melhor e mais democrático
Na publicação pode ler-se a seguinte mensagem, “Grande vitória de todos os que acreditam num clube melhor e mais democrático. Viva o Benfica!”, escreveu Noronha Lopes. Recorde-se, que depois de quatro anos em silêncio, nos últimos dias falou por três vezes aos Benfiquistas: a 28 de fevereiro, na passada sexta-feira, véspera da AG, e este domingo, dia a seguir à aprovação dos estatutos.
Confira aqui a publicação de Noronha Lopes: