João Diogo Manteigas

10 Abr 2025 | 14:52

Icon Comentário 0
João Diogo Manteigas

Não se continua a dar a entender que o relevante poder de gestão inicial processual, para além de ser opaco, está “demasiado próximo” das sociedades desportivas


No próximo dia 11 de Abril de 2025, teremos dois candidatos à Liga de Clubes: Reinaldo Teixeira (atual coordenador dos delegados das competições profissionais) e José Mendes Gomes (atual presidente da mesa de assembleia geral da Liga de Clubes).


À partida, parecem duas pessoas equilibradas e minimamente credíveis, carregando a raridade de se encontrarem atualmente ligadas à própria entidade à qual se propõem concorrer, mas surgiram, uma vez mais, guerrilhas típicas nos bastidores de futebol entre as sociedades desportivas. José Mendes Gomes surgiu mais tarde com o apoio e votos de SC Braga e FC Porto, os quais, diz Reinaldo Teixeira, estavam juntos com SL Benfica e Sporting na sua candidatura.


Nada que já não estivéssemos habituados. Basta recordar o sucedido em 2015 quando Pedro Proença surpreende com o seu surgimento tardio (e estrategicamente promovido por algumas sociedades desportivas) contra Luís Duque que caminhava confiante com uma candidatura única que reunia o apoio dos três grandes após ter estabilizado o buraco deixado pela gestão de Mário Figueiredo e tendo recebido, inclusivamente, um voto de louvor no seio da própria Assembleia Geral da Liga pouco tempo antes. Resultado: Proença com 31 votos (58,2% dos votos) a ganhar a Duque que amealhou 23 votos (41,8%). Na liga, meus amigos, resolve-se nos bastidores.

Aos candidatos à Liga de Clubes, cabe à Benfica SAD perguntar, entre tantas outras questões e visões, o seguinte:

1. Porque é que dão a centralização dos direitos audiovisuais como um processo fechado em termos procedimentais em que terão apenas que cumprir com a Lei sem sequer reunir com os partidos políticos para aferir a possibilidade de alteração, prorrogação ou até de revogação para que se faça algo que não foi feito até agora: debater, discutir e pensar todos em conjunto?

2. Qual é a base de discussão para o modelo e chave de distribuição? Consideram que a liga espanhola continua a ser o melhor exemplo espelho? Não consideram que o mercado nacional interno está saturado e estagnado por ter atingido o seu limite? Quanto aos direitos internacionais, já começaram a auditar onde está geograficamente o potencial interesse na compra do nosso “produto”?

3. Se já abriram a porta a um valor inferior aos “loucos” 300 milhões (Reinaldo Teixeira abriu a hipótese, em entrevista à “Bola”, de ser 200 ou 170 milhões e até o diretor da consultora EY – entidade que lançou o último estudo e apontou aos 300 milhões – veio referir num podcast recente que as condições mudaram nos últimos anos ...) porque é que não consideram a alteração dos modelos competitivos da 1.ª e 2.ª liga quando, na realidade o contrato celebrado entre a Liga de Clubes e a Federação Portuguesa de Futebol permite um número mínimo de 14 sociedades desportivas participantes na 1.ª liga e no mínimo de 16 para a 2.ª liga? Se o valor do bolo vier a ser, efetivamente, inferior ao expectável, ao menos poderão partilhar mais dinheiro por menos sociedades ...

4. Haverá alterações à atual estrutura do modelo jurídico no âmbito disciplinar? Não se deve ponderar a extinção do Conselho Jurisdicional destinando as suas curtas três áreas de funcionamento para outro órgão? Manter a comissão de instrutores na Liga faz sentido? Não se continua a dar a entender que o relevante poder de gestão inicial processual, para além de ser opaco, está “demasiado próximo” das sociedades desportivas? Não deve ser a Federação a assumir todo o processo disciplinar in-house como sucede na maioria dos outros países europeus?

5. Concordam na manutenção da independência entre os regulamentos de arbitragem e de disciplina em relação à Federação? Faz sentido continuarem as sociedades desportivas a determinar quais as sanções disciplinares que lhe são aplicadas época após época?

Muito mais há a discutir. Mas não se assiste ao Glorioso a pensar ou a querer debater. Espero que seja por estar focado em ganhar TUDO! Assim seja! Faça-se a vontade aos benfiquistas!

+ opinião
João Diogo Manteigas
Nuno Campilho

02 Jul 2025 | 02:00

Icon Comentário0

Dar o seu melhor

descansar é o mote, agora, pois em menos de um mês já estaremos a disputar a Supertaça, num registo non-stop que não está ao alcance de todos

João Diogo Manteigas
Tiago Godinho

01 Jul 2025 | 14:19

Icon Comentário0

2024/25 – O Desfecho Esperado

Mínimos olímpicos. Sem capacidade para sonhar com mais. Um cenário previsível desde maio de 2024, quando escrevi que era preciso liderança

João Diogo Manteigas
Bernardo Alegra

30 Jun 2025 | 19:13

Icon Comentário0

Primeiro o Benfica

Primeiro o Benfica é daquelas frases “la palacianas” para quem representa o Glorioso, mas que muitas vezes são pouco mais do que palavras

+ opinião
Nuno Campilho
Nuno Campilho

Dar o seu melhor

descansar é o mote, agora, pois em menos de um mês já estaremos a disputar a Supertaça, num registo non-stop que não está ao alcance de todos

02 Jul 2025 | 02:00

Icon Comentário0
Tiago Godinho
Tiago Godinho

2024/25 – O Desfecho Esperado

Mínimos olímpicos. Sem capacidade para sonhar com mais. Um cenário previsível desde maio de 2024, quando escrevi que era preciso liderança

01 Jul 2025 | 14:19

Icon Comentário0
Bernardo Alegra
Bernardo Alegra

Primeiro o Benfica

Primeiro o Benfica é daquelas frases “la palacianas” para quem representa o Glorioso, mas que muitas vezes são pouco mais do que palavras

30 Jun 2025 | 19:13

Icon Comentário0

envelope SUBSCREVER NEWSLETTER