Faz hoje, 30 de novembro, dois anos que o Glorioso 1904 ficou online.

Faz hoje, 30 de novembro, dois anos que o Glorioso 1904 ficou online.

Dois anos passados, este projeto continua fiel à sua missão e propósito: um jornal de Benfiquistas, escrito por Benfiquistas que informa os adeptos do maior clube português sobre tudo o que gira à sua volta.

 Igualmente importante, criámos um espaço para todos expressarem a sua opinião, livremente, tendo como único ponto obrigatório o Benfica.

Como seria de esperar, em dois anos, foram muitos os acontecimentos por nós noticiados e acompanhados. Roger Schmidt e Enzo Fernández foram “endeusados”, até que deixaram de o ser; o Benfica foi campeão e prometia vingar na Europa, até que deixou de o conseguir; João Neves passou de quase desconhecido a promessa, certeza e jogador do PSG; António Silva de prodígio a suplente; Lage de proscrito a salvador. Entre muitas outras coisas, dentro e fora dos campos, pavilhões, piscinas, etc., onde, quase todos os dias, competem atletas com o emblema do maior de Portugal.

Dois anos são uma migalha na história de um clube como o Benfica e a maior parte destes acontecimentos passarão à história como notas de rodapé ou, quando muito, uma página de uma história gloriosa.

São também uma prova de que o que temos como certeza pode amanhã deixar de o ser e o quão volátil e enviesada pode ser a nossa opinião porque, como quase todas, é a maior parte das vezes formada por perceções e não por conhecimento, com a agravante da paixão que tudo o que diz respeito ao Benfica nos provoca.

Podia por isso concluir que o que importa é o momento. Mas isso também não seria verdade porque o momento é um misto de conjuntura e estrutura, em doses desiguais. Por exemplo hoje o Benfica, no que ao futebol de 11 masculino diz respeito, está numa fase positiva, vindo de 3 vitórias importantes, e otimista para o resto da época. Isto é sem dúvida consequência de uma conjuntura favorável do próprio Benfica e das incidências de cada jogo ou até da fase que cada adversário atravessa.

E a conjuntura tem isso de bom e de mau: quando é positiva, tende a passar para segundo plano os aspetos estruturais ou a valorizar apenas os que contribuem para esta situação passageira, como ter um plantel com bons jogadores e um treinador que percebe qual o papel que um jogador como Di María pode ter na equipa; quando é negativa acontece o contrário: sobrevalorizamos os aspetos estruturais e subvalorizamos alguns conjunturais como o adversário estar num melhor momento de forma ou o árbitro ter expulsado injustamente um nosso jogador.

É por isso importante olhar com alguma distância e até, se é que é possível, de forma desapaixonada, e analisar o que de positivo nos trouxe aqui, mas também como podemos continuar a evoluir e melhorar para amanhã sermos ainda melhores.

Do meu ponto de vista é fundamental o Benfica continuar a construir as bases para se consolidar como clube dominador em Portugal e competitivo na Europa e no mundo.

Do ponto de vista empresarial urge resolver o excesso de financiamento que nos custa dois Akturkoglu por ano em juros e despesas de financiamento. Isso passará por reduzir custos com FSE e continuar a crescer em receitas. E o crescimento de receitas passa sobretudo por outros dois pontos: competência na gestão desportiva, contratando os melhores jogadores disponíveis, mas também mantendo por mais tempo os melhores talentos criados no clube; e voltar a virar o clube para os seus apaixonados sócios e adeptos. Deixar de olhar para estes como cifrões, mas apenas por aquilo que eles são. Com as vitórias e a paixão, o dinheiro virá naturalmente.

Foi assim que nos tornámos o Maior de Portugal e um dos Maiores da Europa. Não é preciso inventar a roda. Basta honrar a nossa história para que o Glorioso 1904 possa continuar a noticiar os muitos feitos do nosso Benfica.

P.S.: Uma palavra especial de agradecimento a todos os que contribuem para o crescimento e sucesso deste projeto. Desde os jornalistas como a Inês, a Mariana, o Diogo e tantos outros que por aqui passaram; à direção do Duarte e ambos os Joões; aos nossos colunistas Tiago, Nuno, João, Tozé, Carlos e todos os que ao longo destes dois anos contribuíram para se falar e discutir Benfica. Viva o Benfica!