Nuno Campilho
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15 Out 2025 | 11:27

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Nuno Campilho

Hoje escrevo mais na qualidade de português do que de benfiquista, embora apeteça dizer que quem não é benfiquista, não é um bom português


Hoje escrevo mais na qualidade de português do que de benfiquista, embora apeteça dizer que quem não é benfiquista, não é um bom português, mas, siga.


Ontem foi o Dia Mundial do Careca, mas, pelos vistos, não para todos, especialmente para um estrangeiro que se tornou num dos carecas mais famosos do país, só pelo facto - que não o parece orgulhar muito - de ter o privilégio de ser o selecionador nacional.


A menos que tenha sido o dia para os carecas fazerem disparates, o senhor não pode estar bem daquele sítio onde deixou de lhe crescer cabelo. Mas como não é de hoje (nem de ontem), vou ter assumir uma recorrência que não tem nada de folicular.

Dizer, como alguns dizem, que o sr. Roberto Martínez é o Fernando Santos com cabelo, é uma ofensa para… o Fernando Santos.

O antigo selecionador era (e é) limitado, mas, pelo menos, tinha uma ideia de jogo. Horrível, é um facto, baseada numa contenção que aferrolhava o talento e a qualidade dos jogadores que tinha à sua disposição, mas tinha.

Já o atual selecionador, ninguém percebe (a não ser o próprio… será?), a menos que ter Ronaldo e mais 10, ou colocar sempre a jogar os jogadores com (suposto) maior estatuto, seja uma ideia de jogo. Se for, já não está aqui quem falou.

E digo-o de forma insuspeita, pois - de entre outras situações que outros teóricos mais avalizados do que eu poderão destacar - dar nenhuns ou poucos minutos a jogadores como o Pedro Gonçalves, ou o Trincão, mantendo em campo o Bruno Fernandes (que não me lembro de ter visto em tão má forma), ou o Bernardo Silva (que está a fazer-me lembrar o pouco saudoso Michael Thomas, pois continua a ter uns pés fora-de-série, mas teima em jogar em círculos que não ocupam mais de 2m2), só pode ter duas explicações: uma do foro patológico, que pela minha falta de conhecimentos na matéria me impedem de aprofundar; ou uma inata incapacidade de fazer o que qualquer treinador dos escalões distritais faria, que é colocar a jogar os jogadores que estão em melhor forma.

Num jogo em que o melhor jogador de Portugal foi um defesa-central (não consigo dar o prémio a um jogador que passa o tempo “à mama” é que mal se mexe, sem prejuízo de ter marcado dois golos) e em que o outro não tinha lugar na equipa amadora onde, em tempos, eu joguei futebol, o que dizer da performance da nossa seleção, frente a uns húngaros que, esses sim, têm uma ideia de jogo, básica e simples, que passa por colocar a bola nos pés do seu melhor jogador (Szoboszlai) e atirar bolas para o ar em direção à área contrária, onde não é difícil fazerem imperar a sua boa capacidade de jogo aéreo, perante a nódoa que é o Renato Veiga, quem nem para defesa de uma equipa de futsal parece servir (já que, aí, pelo menos, não se joga tanto pelo ar).

Daí para a frente, joga o Vitinha e, ontem, a espaços, o Nuno Mendes. De resto, uma desonrosa nulidade e uma incapacidade de colocar em prática o poderio de uma seleção, composta por alguns dos melhores jogadores da atualidade, mas que, ou não estão em forma (é gritante a fase de ocaso em que se encontra, por exemplo, o Pedro Neto), ou estão a mais, pois não acrescentam rigorosamente nada (o Ruben Neves, por exemplo, a menos que a sua amizade com o Diogo Jota, que eu muito saúdo e considero, lhe dê salvo conduto para a titularidade).

De resto, é uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Achar que o Gonçalo Ramos pode fazer, na seleção, em 5 minutos, o mesmo que faz no PSG, quando deveria ser titular, só pode estar ao alcance de alguém que padece de algum défice intelectual.

Como se não bastasse toda esta penúria, ainda entra um jogador que não consegue dominar uma bola, quando está isolado em direção à baliza, sendo esse um dos princípios elementares para se tentar ter uma carreira futebolística minimamente aceitável. Em tempo de rescaldo dos incêndios em Portugal, este “espalha-brasas” bem poderia era estar a dar uma ajuda à Proteção Civil.

Mérito seja concedido ao espanhol que comanda a seleção portuguesa… é preciso ter alguma habilidade para pegar em jogadores desta craveira e reduzi-los a uma banalidade que contagia uma equipa que, do nome, apenas potencia a designação enquanto um coletivo, pois, de equipa, na verdadeira aceção do nome e do conceito, não tem nada.

Oh, triste fado este, que nos vai levar, novamente, a baquear numa competição internacional, a menos que o presidente da Federação, honra lhe seja feita (esta e não outras, pois enquanto tiver memória, o golo do Maicon vai-me continuar atravessado), que depressa percebeu que, dali, daquele senhor, não tira nada, nem o cabelo, pois esse também se foi, juntamente com a inteligência.

Felizmente que sexta-feira já regressa o Maior, pelo que a minha frustração não passará de uma miragem.

Que esta incursão pela terra dos meus pais seja vitoriosa.

Carrega Benfica!

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