Último treino do Benfica antes do Qarabag não trouxe boas notícias para Bruno Lage

O Benfica recebe o Qarabag na próxima terça-feira, às 20h00, no Estádio da Luz. No jogo relativo à primeira jornada da fase regular da Liga dos Campeões, o conjunto de Bruno Lage quer fazer esquecer o empate a uma bola na receção ao Santa Clara, na passada sexta-feira, e somar três pontos na prova milionária.

Na antevisão da partida, Bruno Lage – para lá de ter abordado novamente o eventual regresso de Bernardo Silva – confessou que a equipa tem de melhor no aspeto ofensivo, mas lembrou as dificuldades deste início de temporada, em que, fruto da participação no Mundial de Clubes, o Benfica quase não teve pré-temporada.

No que ao Qarabag diz respeito, a equipa do Azerbaijão não vive o melhor dos momentos, tendo averbado duas derrotas e um empate nos últimos quatro encontros. No último encontro, após os compromissos internacionais, a equipa de Gurban Gurbanov não foi além de um empate a uma bola na receção ao Zira.

Confira todas as informações sobre o Benfica – Qarabag, da primeira jornada da fase regular da Liga dos Campeões:

• Transmissão: Sport TV 5
• 11 provável do Benfica: Anatoliy Trubin, Tomás Araújo, António Silva, Nicolás Otamendi, Samuel Dahl, Enzo Barrenechea, Richard Ríos, Andreas Schjelderup, Fredrik Aursnes, Sudakov e Vangelis Pavlidis
• Horário: 16 de setembro, 20h00, Estádio da Luz
• Ausências: Alexander Bah, Amar Dedic, Nuno Félix, Manu Silva, Bruma e Dodi Lukebakio
• Equipa de Arbitragem: Erik Lambrechts (Árbitro), Jo de Weirdt e Kevin Monteny (Árbitros assistentes), Nathan Verboomen (quarto árbitro), Bram van Driessche (VAR) e Fedayi San (AVAR)

Bruno Lage comandou o Benfica ao melhor registo defensivo do século, mas tem, por outro lado, o pior recorde ofensivo dos últimos 12 anos no Clube da Luz. Feita a análise às estatísticas da equipa encarnada ao fim de nove jogos em 2025/26, são claros os pontos positivos, e os aspetos a melhorar no conjunto das águias. Confira, aqui, as palavras do treinador encarnado na antevisão à partida com o Qarabag.

Em relação à capacidade ofensiva, o Benfica leva 12 golos marcados em nove jogos disputados na temporada 2025/26, até ao momento. As águias igualam o registo de Jorge Jesus em 2013/14, sendo que, para encontrar um número inferior de concretizações nesta altura do ano, seria necessário recuar a 2010/11, também com o atual treinador do Al Nassr, quando o Clube da Luz tinha 11 golos apontados.

Este registo tem, no entanto, algumas atenuantes. A juntar ao facto de o Benfica ter cumprido uma pré-época muito curta, as águias já disputaram quatro partidas para a Liga dos Campeões, outras quatro para o campeonato nacional, e uma para a Supertaça. Nos anos em que as águias alcançaram recordes semelhantes, tinham sido disputados, nesta altura, mais jogos para a Liga Portuguesa, normalmente com um nível de dificuldade mais baixo.

Por outro lado, a equipa de Bruno Lage tem demonstrado uma capacidade defensiva muito acima da média. Com nove jogos disputados até ao momento, sofreu apenas dois golos em 2025/26 (contra o Alverca e contra o Santa Clara), o que significa o melhor registo no século XXI para o Benfica.

O melhor registo do século pertencia a Jorge Jesus, em 2020/21, quando sofreu apenas três golos nos primeiros nove jogos. A equipa de Bruno Lage melhora esses números, e para encontrar um recorde semelhante, seria necessário recuar a 1999/00, quando, com Jupp Heynckes ao comando, as águias também só levavam dois tentos sofridos por esta altura da época.

Ruben Amorim não escondeu a frustração, depois da derrota por 3-0 no Manchester City - Manchester United, em partida a contar para a quarta jornada da Premier League. O antigo jogador do Benfica queixou-se das oportunidades perdidas pelos red devils durante o dérbi da liga Inglesa. O técnico português já tinha comentado a crise na baliza da sua equipa.

Ruben Amorim: "A maior diferença foi que nas nossas transições não conseguimos marcar"

"Se olharmos para os golos, são golos que conseguimos evitar. Essa foi a maior diferença. Sofremos golos em situações nas quais claramente podíamos ter feito melhor, sobretudo no segundo. Começámos bem a segunda parte, estávamos a pressionar para chegar ao golo que reabria o jogo e até tivemos uma oportunidade de fazer o 2-1, que o [Bryan] Mbeumo podia ter marcado", começou por explicar Ruben Amorim.

O ex Benfica prosseguiu na sua análise ao Manchester City - Manchester United: "Esses momentos caíram sempre para o adversário. E depois o terceiro golo... é difícil de descrever. Sofremos golos que podíamos evitar. Quando é só mérito do adversário, aceita-se, mas não podemos sofrer este tipo de golos".

Depois, Ruben Amorim falou da finalização da sua equipa: "A maior diferença foi que nas nossas transições não conseguimos marcar. Especialmente na segunda parte, o jogo mudou e sofremos nós em transição. Eles foram melhores nesse momento e, se olharmos para os lances dos golos, vemos que podíamos claramente tê-los evitado. E isso fez a diferença num jogo destes".

"A frustração é sempre a mesma, porque com o número de oportunidades que criamos temos de marcar. Se não marcamos, não abrimos o jogo e não conseguimos controlá-lo de forma diferente. Quando estamos a perder 2-0, sente-se que o golo pode aparecer, mas se não voltamos a reabrir o jogo, é uma questão de tempo até sofrermos mais. Se subirmos mais jogadores, ficamos expostos em transição. É frustrante e há muito para trabalhar antes do próximo jogo", atirou, a terminar, Ruben Amorim, depois do 3-0 no Manchester City - Manchester United.