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Futebol
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O Porto sofreu uma dura derrota diante do Benfica, na noite do último domingo, dia 6 de abril, no Estádio do Dragão, por 4-1, e a mesma originou um castigo do presidente, André Villas-Boas, que dá conta da impaciência do dirigente em relação aos maus resultados.
De acordo com o jornal 'A Bola', o plantel azul e branco voltou a reunir-se em estágio e, ao contrário do que é habitual, não regressou para junto das famílias. Desta forma, os atletas ficaram numa unidade hoteleira, situada em São Félix da Marinha, em Gaia.
O castigo surge numa altura em que o Porto parece cada vez mais afastado da luta pelo título, mantendo-se na terceira posição da tabela, com 56 pontos, e correndo ainda o risco de ser ultrapassado pelo Sporting de Braga, que com os mesmos pontos tem, esta segunda-feira, um encontro agendado com o Sporting.
Por falar no clube de Alvalade, este perdeu provisoriamente a liderança do campeonato e tem, agora, menos três pontos do que o Benfica. O duelo entre leões e minhotos começa a ser disputado às 20h45, na capital portuguesa.
Depois de bater o Porto, o Benfica volta as atenções para a Taça de Portugal. Os encarnados vão deslocar-se ao Norte para medirem forças com o Tirsense, no próximo dia 9 de abril, quarta-feira, para disputarem a primeira mão da meia-final da prova-rainha, com o pontapé de saída a estar agendado às 20h45, no Estádio Cidade Barcelos - casa do Gil Vicente emprestada ao adversário das águias.
Confira a recessão dos jogadores do Benfica, em Lisboa, após a vitória frente ao Porto:
Exibição dos encarnados diante dos dragões, na noite do último domingo, no Estádio do Dragão, foi analisada e comentada ao pormenor
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O Benfica foi recebido pelo Porto no Estádio do Dragão, no último domingo, dia 6 de abril, e de lá saiu com uma goleada de 4-1 que ajuda a acicatar as contas do título. A exibição do grupo, e em particular a de Vangelis Pavlidis, que fez história, foi alvo de elogios por parte de David Novo, editor executivo do 'Record', publicados na edição desta segunda-feira deste jornal.
David Novo: "Benfica fez quase tudo bem"
"O Benfica fez quase tudo bem. A estratégia assentou muito em ataques pelo lado esquerdo, com Carreras e Aktürkoglu a explorarem o espaço de João Mário e Nehuén Pérez, o central do lado direito, e beneficiando do pouco apoio de Pepê. O primeiro golo nasceu desse lado; o lance em que Aktürkoglu - um dos melhores - foi por ali fora até rematar ao poste obrigou Eustáquio, o central do meio, a ir à dobra", começou por escrever o também jornalista, que de seguida se focou no que fez o internacional grego dos encarnados.
"Os golos de Pavlidis parecem fáceis... mas não são. Mais do que a finalização é preciso ler o trabalho do avançado. Vamos a isso: no primeiro golo, estava em fora-de-jogo, recuou e posicionou-se entre Marcano e Moura. Remate e golo. No segundo, teve sorte no ressalto, mas a frieza e classe na forma como deitou Nehúen Pérez. E no terceiro repetiu a ‘ratice’ do primeiro. Outra vez no meio de dois jogadores, outra vez o mais inteligente de todos na ação", fez notar.
Para David Novo, o único aspeto negativo a apontar ao Benfica neste encontro foi "a substituição, mais uma, de Tomás Araújo". "Ainda assim, a história só não é história porque Record revelou o que o Benfica não quis revelar: o defesa tem uma pubalgia e, por isso, terá de ser gerido. Poupado com o Farense, 62 minutos com o FC Porto e, certamente, a ver o Tirsense-Benfica de quarta-feira pela televisão", completou, deixando assim em evidência o motivo dos problemas físicos do defesa orientado por Bruno Lage.
Antigos árbitros analisaram a prestação de João Pinheiro e comentaram os lances mais polémicos do Clássico que terminou com vitória das águias
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O Benfica venceu, no último domingo, dia 6 de abril, o Porto, por 4-1, com Vangelis Pavlidis a mostrar-se, uma vez mais, em grande forma, ao apontar um hattrick, o primeiro de um jogador encarnado em casa dos dragões, num Clássico. De acordo com Jorge Faustino e Marco Ferreira, a arbitragem de João Pinheiro foi muito positiva e, em regra geral, as decisões foram bem tomadas.
Num primeiro momento, os especialistas analisaram o lance do primeiro golo, logo no arranque da partida, sendo que o mesmo foi revisto pelo VAR, que o validou. "Lance difícil para o assistente que o VAR reverteu: golo legal", fez notar Faustino, no jornal 'Record', em concordância com Marco Ferreira.
Outro dos momentos abordados foi a falta cometida por Nehuén Pérez, ao minuto 16, sobre Aktürkoglu, com os dois ex-árbitros a considerarem que João Pinheiro voltou a acertar. "Infração bem punida com livre direto e cartão amarelo", pode ler-se.
Aos 76', o Porto pediu uma grande penalidade, depois da bola ter embatido no braço de Dahl, e nada foi assinalado, com Jorge Faustino a referir que "as mãos estavam atrás das costas e os braços encostados ao corpo sem qualquer volumetria não natural", pelo que não existiu motivo para assinalar o castigo máximo.
Por fim, em relação ao último golo do encontro, apontado já nos descontos, os dois antigos juízes consideraram que o lance é legal. "Otamendi aparece na área e faz golo partindo de posição correta, jogador estava atrás da linha defensiva adversária no momento do cruzamento do colega. Boa decisão", refere Marco Ferreira.
Além do triunfo dilatado que as águias conquistaram no reduto dos rivais, o timoneiro dos vermelhos e brancos festejou a dobrar depois de atingir marca única
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Uma noite que dificilmente irá ser apagada da memória de Bruno Lage para o resto da sua vida. No último domingo, o Benfica marcou presença no Estádio do Dragão, a contar para a 28.ª jornada da Liga Portugal Betclic, onde venceu de forma categórica o Porto, por uns esclarecedores 4-1. Além do triunfo ‘gordo’, o setubalense teve outros motivos para festejar.
Após o soar do apito, soprado por João Pinheiro, o técnico encarnado fez história. Bruno Lage passou a ser o primeiro técnico português do Benfica a conseguir vencer os dragões por duas vezes na mesma temporada. Um feito que nem timoneiros como Jorge Jesus ou Rui Vitória, em memórias mais recentes, não conseguiram.
Sendo assim, o setubalense vê o seu nome ficar imortalizado a letras de ouro na história do Clássico. Para alcançar tamanho feito, o Glorioso venceu os dois duelos a contar para o campeonato nacional e pelo mesmo resultado dilatado. Em novembro, durante a 1.ª volta, os encarnados 'humilharam’ os portistas por 4-1 no Estádio da Luz, façanha que foi repetida na última noite, onde a Invicta foi, de facto, vermelha.
Até à data, apenas treinadores estrangeiros tinham conseguido o feito que Bruno Lage atingiu na última noite. O primeiro a consegui-lo foi Janos Biri e em duas ocasiões distintas (1936/1937 e 1937/1938). Décadas mais tarde foi Otto Glória, em 1969/1970. O último estrangeiro a alcançar esta marca foi o neerlandês Ronald Koeman, na temporada de 2005/2006.
Recorde-se, que ao fim de 28 rondas concluídas na prova de regularidade, o Benfica segue na liderança isolada da Liga Portugal Betclic, com 68 pontos, com um registo de 22 vitórias, dois empates e quatro derrotas, 69 golos marcados e 23 tentos concedidos. As águias vão continuar na liderança de forma provisória e vão observar de perto o duelo entre o Sporting e o Braga, em Alvalade, agendado para esta noite de segunda-feira.