Treinador 'culpa' Richard Ríos por desaire no Atlético - Benfica: "Não consigo..."

Marco Ferreira foi bastante conciso na sua análise aos casos que marcaram o Atlético - Benfica. No seu ponto de vista, o especialista considerou que Fábio Veríssimo esteve bem nas suas decisões, contudo, não deixou de apontar que houve situações em que a leitura deveria ter sido feita de uma forma diferente.

Marco Ferreira e a infração sobre Ivanovic: "Livre bem assinalado e amarelo por exibir"

A convite do jornal Record, o antigo árbitro comentou o triunfo das águias, frente à equipa de Alcânta. Um dos primeiros lances em análise acontteceu ao minuto 35 e Marco Ferreira considera que houve uma sanção por mostrar: "Paulinho agarra ostensivamente Ivanovic impedindo-o de prosseguir um ataque sem possibilidade de disputar a bola. Livre bem assinalado e amarelo por exibir".

No entanto, o especialista reitera que o mesmo também aconteceu numa jogada que visava o Benfica, afirmando que o árbitro teve uma falha semelhante: "António Silva, sem possibilidade de jogar a bola, rasteira e agarra Caio Santana impedindo-o de iniciar um ataque. Livre bem assinalado e amarelo por exibir".

Marco Ferreira sobre o 1.º penálti do Benfica: "Paulinho a chegar tarde à bola e a atingir (sola da bota) a perna do adversário de forma muito negligente"

No minuto 75, foi assinalado o primeiro penálti, lance bem assinalado na opinião de Marco Ferreira: "Lance na área do Atlético com Paulinho a chegar tarde à bola e a atingir (sola da bota) a perna do adversário de forma muito negligente. Penálti bem assinalado, amarelo por exibir e consequente vermelho por acumulação".

No último lance do encontro, Marco Ferreira também defende que Fábio Veríssimo teve a avaliação mais adequada do momento: "Lance na área do Atlético com Henriques, sem possibilidade de disputar a bola, a impedir António Silva de saltar à bola. Penálti e amarelo bem exibido".

O triunfo do Benfica, diante o Atlético CP, ditou a estreia a marcar de Richard Ríos. Contratado no mercado de verão, a troco de 27 milhões de euros, o médio colombiano alcançou assim o tão desejado golo, que apenas surgiu ao fim de 22 partidas oficiais com o Manto Sagradro dos vermelhos e brancos.

O internacional cafetero, como se sabe, entrou na segunda parte do encontro, que decorreu no Estádio do Restelo e foi o responsável por abrir o marcador, que acabou por conduzir o Benfica a uma vitória complicada (2-0). Porém, esta 'inconsistência' em marcar é algo que já acompanha Richar Ríos na sua carreira profissional.

Se na presente temporada o colombiano precisou de 22 jogos para fazer o gosto ao pé, o mesmo não aconteceu em 2024/25, quando estava ao serviço do Palmeiras. Nessa altura, o camisola 20 das águias precisou apenas de dois jogos para marcar, ao ajudar o verdão a bater o Santos, por 2-1.

No entanto, se recuarmos até à época de 2023/24, a primeira com a camisola da equipa orientada por Abel Ferreira, verifica-se um registo semelhante ao que tem no Benfica. Nessa altura, o colombiano só marcou no seu 20.º encontro oficial, no triunfo por 1-0 diante o Vitória de Bahia.Na temporada de 2022/23, fez o gosto ao pé ao fim de sete partidas. Curiosamente, sempre que o colombiano se estreou a marcar, a sua equipa arrecadava a vitória.

Richard Ríos - atualmente avaliado em 22 milhões de euros - cumpre a sua primeira época nas águias. Na presente temporada, o colombiano já realizou um total de 22 encontros oficiais, entre competições nacionais e provas internacionais. Nos 1.748 minutos em que esteve dentro das quatro linhas, o cafetero assinou um golo e uma assistência. 

José Mourinho admitiu que ponderou 'mudar nove jogadores' ao intervalo. Segundo o treinador do Benfica explicou, no final do encontro, onde as águias bateram o Atlético por 2-0, a atitude da equipa na primeira parte não ia ao encontro do que o Special One procurava, o que o motivou a fazer algumas mudanças no arranque do segundo tempo.

José Mourinho: "OK, o Estádio do Restelo é muito ventoso, muitas dificuldades para quem joga contra o vento"

No pós jogo no Estádio do Restelo, onde as águias apenas conseguiram desfazer o nulo na segunda parte, o timoneiro setubalense começou por reconhcer as dificuldades de se jogar neste reduto específico: "OK, o Estádio do Restelo é muito ventoso, muitas dificuldades para quem joga contra o vento".

De seguida, José Mourinho revelou o que disse ao plantel encarnados durante o descanso, nos balneários: "tão mau na primeira parte que me fez dizer ao intervalo aos jogadores que ia mudar quatro, mas gostaria de mudar nove".

José Mourinho: "Na minha cabeça para ter vontade de mudar nove é porque a coisa estava feia"

"Na minha cabeça para ter vontade de mudar nove é porque a coisa estava feia. Não por sentir risco de não ganhar, mas por profissionalismo, há coisas que me custam entrar", explicou o técnico encarnado face à sua declaração anterior. 

"Na segunda parte a atitude foi diferente, esses quatro ajudaram a equipa a ser mais dinâmica e intensa. Era questão de o golo aparecer aos 50, 60 ou 70 minutos", reconheceu José Mourinho, no rescaldo da partida entre Atlético e Benfica, no Estádio do Restelo.