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Anderson Talisca, médio brasileiro que jogou no Benfica por duas temporadas, deu uma entrevista e falou da sua curta passagem pelo Clube da Luz, rasgando de elogios o treinador da época, Jorge Jesus. O brasileiro, que quando rumou a Lisboa era um médio mais defensivo, foi transformado pelo técnico português num jogador mais avançado no terreno de jogo.
“A minha carreira mudou muito porque eu não era um jogador de fazer golos (risos). Começo no Bahia como um segundo médio. Chegava (à área), mas não era de fazer tantos golos. Quando o Bahia me vende para o Benfica, o Jorge Jesus identifica essa qualidade em mim, porque eu tinha muita facilidade para finalizar, só que eu jogava muito atrás. Ele conversou comigo e falou: «Vais ser um médio ofensivo, um 10, e vais jogar atrás do avançado, com mobilidade e liberdade para flutuar atrás do número 9. E fazer algumas dinâmicas que vou pedir-te»", começou por explicar, em declarações ao Globo Esporte.
Talisca aprendeu a jogar na posição e fez uma carreira recheada de golos. Reconhece que Jorge Jesus mudou a sua trajetória enquanto jogador de futebol para sempre: “É na dor (risos). Ele começou comigo na dor, ensinou-me muito. Foi um treinador que puxou muito as minhas orelhas, que me mostrou o caminho que eu tinha que seguir e sigo até hoje, de evoluir cada vez mais”.
“Ele era diferente, colocou-me na sala e mostrou o que eu tinha que fazer para produzir, ajudar a equipa e crescer como atleta e ser humano. Ele é espetacular, acho que foi primordial”, realçou o ex-jogador do Benfica, que confessou ainda manter contacto com Jorge Jesus.
Talisca revelou ainda como foi o processo de adaptação no Benfica e o porquê de só ter explodido no futebol após sair dos encarnados: “No Benfica, foi um processo de conhecer a posição. Foi bom, mas estava-me a ambientar, a fazer muitas vídeo-aulas táticas de como me posicionar e finalizar. Foi um processo muito bom para mim, aprendi muito, o Jorge Jesus ensinou-me muito. Quando saio dali e vou para o Besiktas, tudo acontece de forma natural. De lá para cá, as minhas temporadas são sempre com mais de 20 golos”.
Anderson Talisca saiu em definitivo do Benfica em 2019, depois de acumular empréstimos no Besiktas e Guangzhou Evergrande, da China. Passou ainda pelo Al-Nassr e, hoje, representa as cores do Fenerbahçe, ao comando de José Mourinho. Esta temporada realizou 42 jogos e anotou 20 golos e duas assistências, num total de 2857 minutos. O jogador tem um valor de mercado de 11 milhões de euros.
Convidado a falar sobre a sua entrada nas eleições, candidato fez questão de salientar as bases do Clube da Luz e voltou a frisar a importância dos Estatutos
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Numa fase em que a lista de candidatos começa a engrossar, com a entrada em cena de Martim Mayer, os restantes nomes começam a fazer as suas movimentações para conseguir o máximo de apoio no Benfica. Recentemente, João Diogo Manteigas assumiu quais os pilares em que o Glorioso se deveria reger.
João Diogo Manteigas: “O Benfica é definido por três coisas: primeiro, o associativismo, que é o que nos difere do resto do mundo”
Em entrevista ao podcast Mata-Mata, o primeiro candidato oficial às eleições reforçou que o emblema vermelho e branco se sustenta em três pilares essenciais, como o associativismo, a formação e o ecletismo: “O Benfica é definido por três coisas: primeiro, o associativismo, que é o que nos difere do resto do mundo. Só Bayern Munique é combate connosco e nós somos mais”.
De seguida, ao enumerar o segundo ponto, que é a aposta na prata da casa, João Diogo Manteigas salientou alguns nomes de peso na história dos encarnados. “Depois, a formação. Já no tempo em que o Benfica ganha a Taça dos Campeões Europeus eram jovens que estavam a jogar. O António Simões que idade é que tinha? O Eusébio que idade é que tinha? É puxar o fio atrás”, acrescentou.
João Diogo Manteigas: “Já no tempo em que o Benfica ganha a Taça dos Campeões Europeus eram jovens que estavam a jogar
No mesmo podcast, o advogado de 43 anos, orgulhoso da grandeza do Glorioso, fez questão de salientar o terceiro pilar, acreditando que é uma mais-valia para a instituição: “O Benfica é um clube extremamente eclético. Em todas as modalidades e géneros. Podem criticar se investem mal, se investem pouco, mas é eclético”.
João Diogo Manteigas: “O voto físico. Permite que 2007 trabalhadores do Benfica possam votar secretamente”
Por fim, o candidato Benfiquista voltou a salientar a importância da alteração dos Estatutos do clube: “O voto físico. Permite que 2007 trabalhadores do Benfica possam votar secretamente, o sistema de voto eletrónico não garantia essa confidencialidade. É o exemplo da independência e liberdade do Benfica”.
Depois de anunciar a sua entrada na corrida eleitoral, conhecido Sócio do Clube da Luz explicou quais são os pontos de trabalho que deseja implementar
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Horas depois de ter oficializado a sua entrada na corrida pela Presidência do Benfica, são conhecidos mais detalhes em torno das ideias que Martim Mayer tem em mente para o futuro das águias. Pelo que foi apurado, o novo candidato pretende fazer mudanças significativas na atual estrutura que existe no futebol do Glorioso.
Martim Mayer: “Identificar que posições poderão ser asseguradas pelos jogadores do Benfica Campus em crescimento”
Em declarações à Agência Lusa, o industrial de 51 anos assegurou que o futuro passa por apostar em larga escala na prata da casa: “Identificar que posições poderão ser asseguradas pelos jogadores do Benfica Campus em crescimento e quais apresentam necessidades de contratações externas”.
Seguindo a mesma linha, Martim Mayer defende que é necessário criar um cargo de Diretor-Geral para a estrutura do futebol, de forma a que se consiga rentabilizar da melhor forma todos os recursos da área. “Desta forma, utilizaremos de uma forma mais eficiente os nossos recursos e teremos o devido espaço para apostar no talento da nossa gente na equipa principal de forma muito mais efetiva. Tal como a criação de um cargo de diretor desportivo, um para o futebol masculino, outro para o feminino e um terceiro apenas focado na formação", apontou.
Além disso, as mudanças também passam pelas modalidades: “É preciso repensar os contratos, reduzir a base e apostar na remuneração por objetivos, para responsabilizar os atletas e dar-lhes o incentivo extra para vencer. Queremos implementar nas modalidades uma lógica de meritocracia: uma modalidade que tenha mais vitórias numa época terá mais orçamento para a época seguinte”.
Martim Mayer: “É preciso repensar os contratos, reduzir a base e apostar na remuneração por objetivos”
Por fim, deixou um apelo à atual Direção, liderada por Rui Costa: “Quanto a mim, importa mais ser vigilante daquilo que a atual direção está a fazer e apelar a que, sempre que possível, todas as decisões que tomem, tenham em consideração o término do mandato dentro de quatro meses e os mais elevados interesses do Sport Lisboa e Benfica”.
Candidato à Presidência do Clube da Luz, neto de Borges Coutinho analisou mandato do ex-camisola 10 do Glorioso, criticando muitos pontos do atual líder
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Martim Mayer concedeu uma entrevista, após anunciar, oficialmente, a candidatura à Presidência do Benfica, onde, entre muitos temas, acabou por deixar duras críticas a Rui Costa. O neto de Borges Coutinho não ignorou o facto de ter o ex-camisola 10 como um ídolo, enquanto jogador, contudo, considera que a liderança do mesmo não é adequada para o Clube.
Em declarações ao jornal A Bola, lançada esta quinta-feira, 12 de junho, Martim Mayer admite que Rui Costa é o principal culpado pelos poucos troféus alcançados nestes últimos quatro anos. "O Benfica tem de ganhar. Pragmaticamente, há que dizer que não é uma boa presidência, não é uma boa direção e não atingiu os seus objetivos", começou por dizer.
"O presidente é o responsável por conseguir trazer para o clube um conjunto de situações que são absolutamente críticas. Precisa de uma equipa coesa com uma só agenda, que toda a Direção trabalhe em prol de um objetivo comum e no concretizar de uma estratégia e de um caminho com o qual todos estão de acordo. Depois cada um na sua área sabe o que é que tem de fazer", explicou, de seguida, o novo candidato à Presidência do Benfica.
Presidência de Rui Costa? Martim Mayer: "Não se pode dizer outra coisa a não ser que isso não é para o Benfica"
Martim Mayer diferencia Rui Costa, enquanto jogador, e presidente, mostrando existir diferenças do impacto que teve no Benfica: "Muito mais alegrias. Tenho-o no meu 11 favorito. Foi um jogador que representou muito bem a identidade que o jogador do Benfica deve ter, por razões várias, assim como muitos outros. Foi um ídolo que tive, é um ídolo que tenho enquanto jogador do passado do Benfica. Comparando isso com os 15 por cento de troféus arrecadados enquanto presidente, face às provas que o Benfica jogou, não se pode dizer outra coisa a não ser que isso não é para o Benfica. Isso tem que mudar".
Além disso, Martim Mayer, ainda, compara a presidência de Borges Coutinho, seu avô, com a de Rui Costa. "A presidência do meu avô foi muito vitoriosa. Foi há 60 anos, mas há muitos valores que continuam atuais. Temos uma quantidade de ídolos e de grandes ex-jogadores e figuras que deveria andar pelo País, andar pelas Casas do Benfica no estrangeiro, por sinal, 100 ainda estão fechadas, pós-Covid, precisamos de comunicar com a nação benfiquista e puxar pelo Benfiquismo. Quando as pessoas veem isso, galvanizam-se e sentem-se mais do Benfica. Precisamos trazer de volta esse sentimento de pertença. Nesse momento, o peso do presidente do Benfica junto de todas as entidades passa a ser diferente", completou o novo candidato às eleições do Benfica, agendadas para o mês de outubro.