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Clube

Com propostas analisadas, dirigente do Benfica faz ponto de situação sobre revisão de estatutos

Processo tem sido alvo de avanços e recuos mas há novidades anunciadas pela direção de Rui Costa

Dirigente do Benfica faz ponto de situação sobre Estatutos
Dirigente do Benfica faz ponto de situação sobre Estatutos

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A revisão dos Estatutos do Benfica voltou a ser um tema de destaque no universo encarnado, uma vez que, recentemente, em declarações à BTV, Jaime Antunes deu conta de que existe um consenso no processo.


"A Direção, no quadro de uma promessa eleitoral, lançou o processo de revisão dos Estatutos há mais de um ano, quando nomeou uma Comissão para fazer a revisão. Esta produziu um documento, até com bastante rapidez, e esse foi analisado pela Direção, que introduziu algumas alterações", começou por afirmar.


"Depois, submeteu-se à publicação desse projeto para conhecimento de todos os sócios. E houve muitos a participar com sugestões de alternativas. Neste quadro de participação dos sócios, apareceram três propostas globais. A Direção, após recolher algumas dessas sugestões, aprovou uma proposta final", referiu o dirigente encarnado.


Jaime Antunes destacou ainda o Movimento Servir o Benfica e a proposta apresentada pelo projeto liderado por Francisco Benítez.

"Entretanto, surgiu o Movimento Servir o Benfica, liderado pelo Sócio Francisco Benítez, que apresentou uma proposta global de alteração dos Estatutos, e a antiga Comissão, que, na maior parte dos seus membros e no quadro do seu direito de sócios, decidiu apresentar o documento inicial como uma proposta alternativa global", evidenciou o dirigente do Benfica.


"A Mesa da Assembleia Geral aceitou estas três propostas globais diferentes, e, perante esta situação, a Direção discutiu esse assunto. Aceitámos e empenhámo-nos fortemente num processo de negociação com os restantes proponentes no sentido de se encontrar uma proposta comum de alteração dos Estatutos para apresentar à AG", revelou Jaime Antunes.

"Criaram-se, assim, condições para uma mudança de Estatutos. É importante que estes acompanhem a evolução no Clube e no Grupo Benfica, na totalidade. Os Estatutos têm de ser adequados à realidade de hoje e não podem ser Estatutos que já têm umas décadas e que foram fantásticos, porque duraram bastante tempo com algumas alterações pontuais realizadas em 2010", destacou.

"A Direção empenhou-se e chegou-se a um consenso. A Direção também está a dizer aos sócios que estamos aqui para unir o Benfica e encontrar consensos em questões estruturantes da vida do Benfica. Nessa matéria estamos todos de parabéns: a Direção, que aceitou e participou neste processo, e também todos os outros proponentes, que, com grande espírito benfiquista, aceitaram chegar a uma proposta final. Agora, há uma proposta única global de revisão de Estatutos", completou Jaime Antunes.


Clube

Exclusivo Glorioso 1904 – João Diogo Manteigas: “Não tenho Bruno Lage como uma pessoa de pulso forte”

Em entrevista ao nosso Jornal, candidato à Presidência do Clube da Luz fala, ainda, do despedimento de Roger Schmidt e acredita que Rui Costa está arrependido da decisão que tomou

Exclusivo Glorioso 1904 - João Diogo Manteigas aborda regresso de Bruno Lage ao Benfica
Exclusivo Glorioso 1904 - João Diogo Manteigas aborda regresso de Bruno Lage ao Benfica

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João Diogo Manteigas tem dúvidas de que Bruno Lage tenha sido a primeira escolha de Rui Costa para suceder a Roger Schmidt no comando técnico do Benfica. Em entrevista exclusiva ao Glorioso 1904, o candidato à Presidência dos encarnados abordou o despedimento de Roger Schmidt, considerando que, ao dia de hoje, Rui Costa já estará arrependido de ter segurado o alemão para a temporada 2024/25.


"Não tenho Bruno Lage como uma pessoa de pulso forte"


Glorioso 1904 (G). Bruno Lage foi apresentado como novo treinador do Benfica. Seria a sua primeira escolha?


João Diogo Manteigas (JDM). Quando se abre a brecha relativamente a Roger Schmidt, têm de ser ponderados vários treinadores. Acredito que a Direção do Benfica o tenha feito. Não acredito que Bruno Lage tenha sido a primeira e única opção. O projeto desportivo foi todo construído com base na validação de um treinador que já não está no Benfica. Bruno Lage acaba por ser uma opção viável para entrar com o projeto em andamento. Não tenho Bruno Lage como uma pessoa de pulso forte. 

Bruno Lage vai ter de reconquistar os adeptos porque foi despedido e teve uma série de derrotas que condicionaram completamente a sua passagem pelo Benfica. A segunda época de Bruno Lage tem uma primeira volta espetacular, renova contrato em dezembro, e, depois, no ano da COVID, é um desastre completo. Saiu de uma forma pouco elogiosa não para ele, mas sim por parte da Direção que estava na altura. Há uma sequência de atos poucos elogiosos da parte da Direção, à cabeça, Luís Filipe Vieira. 


O regresso é surpreendente. Temos de olhar para Bruno Lage e perceber o que aprendeu nos últimos anos. Teve uma primeira experiência em Inglaterra, e depois no Brasil, que não correram nada bem, exceção feita ao primeiro ano no Wolverhampton. Mas a verdade é que conhece bem esta casa, tem vontade e vai ter de provar aos Sócios do Benfica que está preparado. Bruno Lage conhece o Benfica, é Benfiquista, e parece-me ter o perfil adequado. A questão é se é capaz de aguentar a pressão se as coisas começarem a correr mal. 

"Há uma altura em que se percebe que era inevitável chegar a acordo com Roger Schmidt”

G. Teria mantido Roger Schmidt depois do final da época passada? Se sim, teria despedido o técnico alemão ao fim de quatro jornadas?

JDM. Para começar, não teria renovado com Roger Schmidt. O problema é criado aí porque Schmidt renova menos de um ano depois de ter assinado pelo Benfica: chega em junho e renova em março numa altura em que o Benfica não tinha ganhado nada. É verdade que a época estava a correr muito bem, era uma lufada de ar fresco, a comunicação era espetacular, louvei-o várias vezes.

Ao ter renovado com o Roger Schmidt, a Direção do Benfica torna-se muito dependente dos resultados desportivos. Ninguém conseguia garantir que Roger Schmidt iria fazer a mesma coisa no ano seguinte. O Benfica tinha feito a primeira fase da época com um brilhantismo enorme. As coisas começam a correr mal a partir do momento em que Enzo Fernández, que era um jogador essencial, sai e a equipa começa a perder alguns jogos. O final dessa época, já após a renovação, não é fantástico. 

Há uma altura em que se percebe que era inevitável chegar a acordo com Roger Schmidt para não continuar nesta época. A Direção do Benfica tem sempre de escutar os adeptos. Não estou a falar de televisões, não estou a falar de programas de comunicação social, estou a falar da insatisfação dos Sócios no estádio. Ainda por cima Roger Schmidt criou um problema com os Sócios. Não interessa se foi encostado à parede – que foi – em determinados jogos. Havia uma insatisfação e estava em todo o lado. A partir daí, não poderia ter começado esta época. 

Acho estranho que o projeto desportivo se tenha mantido o mesmo. O projeto desportivo tem de ser pensado para o caso de o treinador principal falhar. E o risco era enorme. Quando vemos a entrevista de Rui Costa, no Benfica Campus, percebe-se que é uma aposta pessoal dele e, a partir daí, está completamente dependente do treinador. Saindo o treinador, está ainda mais dependente do novo treinador, que é uma escolha pessoal. Foi um processo mal gerido, mas ao menos tomou uma decisão, assumiu-a publicamente e não se pode levar a mal Rui Costa por tê-lo feito. Foi um risco e está certamente insatisfeito com a decisão que tomou. 

“A um ano do final do mandato, reestruturar o Conselho de Administração é grave. Significa que alguma coisa falhou redondamente”

G. Nos últimos dias, foi conhecida a nova constituição da administração da Benfica SAD. Que comentário pode fazer sobre os nomes escolhidos, em particular ao de Nuno Catarino, que ficará com a área financeira

JDM. Desconheço por completo quem é Nuno Catarino. Não sabemos nada de mau, nem nada de bom. Vamos dar a possibilidade de ser uma coisa nova. 

A um ano do final do mandato, reestruturar o Conselho de Administração é grave. Significa que alguma coisa falhou redondamente naquilo que é a gestão da SAD. O Benfica não tinha, desde a saída de Luís Mendes, um interlocutor para o mercado – e é obrigatório por lei –, mas houve uma recomposição e temos de dar a mão à palmatória e acreditar que vão fazer um bom trabalho até ao final do mandato.

Seria muito mais grave se não se resolvesse, se houvesse eleições antecipadas, se houvesse uma crise ainda mais grave. Não concordando, reconheço que há algum alinhamento em quem está lá dentro. Viu-se uma entrevista de Jaime Antunes a validar isso. Relembro que, em abril, Luís Mendes, antes de sair do Benfica, tinha dado uma entrevista em que disse que o Benfica não precisava de vender jogadores e que estava bem financeiramente. 

Confira aqui as declarações de João Diogo Manteigas: 


Entrevista exclusiva de João Diogo Manteigas ao Glorioso 1904:
 - Parte 1: Exclusivo Glorioso 1904 - “Tenho a certeza que Noronha Lopes e Benitez vão-me apoiar”
 - Parte 2: Exclusivo Glorioso 1904 – João Diogo Manteigas: “Não tenho Bruno Lage como uma pessoa de pulso forte”
 - Parte 3: A publicar no próximo domingo (15 de setembro)
 - Parte 4: A publicar no próximo domingo (15 de setembro)
 - Parte 5: A publicar no próximo domingo (15 de setembro)
 - Parte 6: A publicar na próxima segunda-feira (16 de setembro)
 - Parte 7: A publicar na próxima segunda-feira (16 de setembro)
 - Parte 8: A publicar na próxima segunda-feira (16 de setembro)


Clube

Exclusivo Glorioso 1904 - “Tenho a certeza que Noronha Lopes e Benitez vão-me apoiar”

João Diogo Manteigas dá a primeira grande entrevista enquanto candidato a Presidente do Benfica ao nosso jornal. Em primeira mão e em discurso direto, em texto corrido, em vídeo e áudio saiba tudo, só aqui no seu Glorioso 1904. Começa a Guerra do Trono

Exclusivo Glorioso 1904 - João Diogo Manteigas, candidato à Presidência do Benfica falou de Benitez e Noronha Lopes
Exclusivo Glorioso 1904 - João Diogo Manteigas, candidato à Presidência do Benfica falou de Benitez e Noronha Lopes

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O sol vai alto, a contenda está lançada. João Diogo Manteigas desembainhou a espada, empunha-a agora contra dívidas e tempestades e vai lutar pelo desiderato mais alto, a cadeira do poder mais desejada no desporto nacional. Temos o primeiro candidato à Presidência do maior, do Sport Lisboa e Benfica, e temo-lo aqui na casa dos Benfiquistas, onde queremos também ter Rui Costa (primeiro convite para entrevista da história do Glorioso 1904, “comme il faut” devido à sua condição de Presidente) e quaisquer outros candidatos.



João Diogo Manteigas não deixa nada por dizer nesta grande entrevista. Fala-nos de objetivos, da falta de empenho em manter João Neves, do erro da renovação de Roger Schmidt, do pulso fraco de Bruno Lage, do descontrolo das dívidas e dos custos com fornecedores, e da incapacidade de Rui Costa cortar com o passado.  


Os Lannister, os Stark, os Targaryen e os Baratheon estão de lâminas afiadas. É série que vai estar no ar por 13 meses. Começou a Guerra do Trono.


Glorioso 1904. O que o leva a candidatar-se à Presidência do Benfica? 

João Diogo Manteigas. O que me leva a candidatar é muito simples. Diria que é a emoção, ambição e desejo. Um misto. Emoção por causa do sentimento de Benfiquista que eu tenho há muito tempo. Ambição porque quero aplicar aquilo que sei, o meu conhecimento todo dos últimos 17 anos em termos práticos e, pela minha experiência profissional, no universo do Benfica. E a parte mais sentimental de querer servir todos os Benfiquistas, Sócios e adeptos. Portanto, é um mundo muito específico, mas enquadro-me perfeitamente para o poder servir”. 

G. Com 43 anos, será um dos candidatos mais jovens à Presidência do Benfica. A juventude aqui não é uma desvantagem?

JDM. "É extremamente positivo. Não consigo retirar pontos negativos. Compreendo que seja um tema controverso, mas o tema é controverso devido aos atuais Estatutos do Benfica. Ou seja, existe muito o tema da idade, sem necessidade. Esses Estatutos foram alterados em 2010, propositadamente para este efeito, entre outros. A minha idade não tem nada de negativo, é extremamente positivo. Já tenho experiência de alguns anos, também, não sou propriamente um jovem. Quando for candidato, tenho 43 anos de idade e há outros exemplos em clubes e sociedades desportivas em Portugal. Para mim, faz todo o sentido o Benfica, quando virar a página, vire uma página para um contexto mais jovem, sim, mas obviamente experimentado, profissionalizado. As últimas Presidências não tiveram nada de novo em termos daquilo que é mais emoção, mais virtude, mais vontade, mais capacidade, porque isso também é fruto da idade. Aos 40 anos é quando se tem maior capacidade para trabalhar". 

G. As pós-graduações em direito desportivo e o MBA em liderança e gestão desportiva tinham como objetivo último a Presidência?

JDM. Confesso que sim. Ou seja, estamos aqui a falar de um tema que me é muito querido, porque desde há muitos anos que sempre ambicionei chegar a este ponto. Foi minha intenção pessoal desde sempre a formação especializada na área desportiva, porque efetivamente, no Benfica, o seu núcleo é o desporto; na sua transversalidade, não é só o futebol, há as modalidades, e, também, a parte institucional. Ainda assim, essa era a minha ambição, acabei por fazê-lo e especializar-me várias vezes, até porque são cursos repetidos ao longo dos anos. Fui-me atualizando. Ao mesmo tempo, precisava de alguma formação fora da caixa, daquilo a que estava habituado, fora também do trabalho. Por outro lado, a minha experiência profissional não é só desporto. Desde que me formei, trabalhei sempre em todas as áreas de direito. 

G. Uma coisa são diplomas académicos, outra é a prática. Quais as experiências que o tornam apto para o cargo?

JDM. "Desde o momento em que me quis formar em direito desportivo, fiz por começar a trabalhar também dentro da área. Não havia praticamente nenhum trabalho, na altura; havia muita teoria. Temos muitas boas cabeças em Portugal que pensaram em direito do desporto e foram implementando, com os governos de 1996 para a frente, alguns diplomas produtivos. Portanto, apanhei uma onda em que comecei a trabalhar em direito do desporto quando ele praticamente não existia no mercado. Isso fez com que, desde há 17 anos, conseguisse representar federações, associações, clubes, treinadores, jogadores, representei tudo e mais alguma coisa na FIFA. Por acaso, curiosamente, no TAD não, porque tenho conflitos de interesses. Acabo sempre por ser advogado ou conselheiro de organizações e depois não posso ser o advogado desses conflitos quando surgem. Portanto, intencionalmente, quis meter-me a trabalhar com as pessoas que precisavam disso. Na altura, os clubes praticamente não tinham departamento jurídico. Hoje têm e grandes. Havia muito trabalho externo. Foi um nicho de mercado que se foi criando e, felizmente, estive no início desse nicho de mercado. Havia poucas cabeças que pensavam nisso. Tive o prazer de as conhecer todas. Isso também me empurrou para continuar a trabalhar com esta área de mercado". 

G. Diga-nos as três principais metas para cumprir no seu mandato caso seja eleito.

JDM. "Há metas e objetivos. É extremamente importante debater e pensar no Benfica. Há duas premissas essenciais. Nunca houve, na história do Benfica, tempo e calma para pensar e debater junto dos Sócios e dos adeptos. Não interessam, ou não me interessa a comunicação social em torno daquilo que é o habitual durante o dia que é o futebol, o jogo jogado, as táticas, as técnicas, os árbitros. Não é isso que é o interessante. Hoje em dia, os Benfiquistas começaram a pensar noutras coisas, sobretudo agora nos últimos dois/três anos, no mandato do atual Presidente do Benfica. Têm mais acesso à informação. Portanto, as premissas que estão em cima da mesa são: pensar e debater no Benfica e, acima de tudo, olhar para esta candidatura, não só para mim, mas para quem está comigo, e não associarem a qualquer tipo de interesses ou de objetivos secundários. É uma campanha completamente despida dessa intenção; é uma candidatura para debater com quem quiser debater connosco. Queremos desmistificar aqui algum caminho de oposição, e certamente serei acusado disso e percebo. Mas é uma questão de comunicação. A sensação que se tem é exatamente que isto é uma oposição, mas não é. Não é oposição absolutamente nenhuma. É abrir um caminho para que quem quiser falar e debater no Benfica, transversalmente, tenha aqui uma pessoa com quem o fazer". 

G. Voltando às metas…

JDM. "Algo essencial que me preocupa bastante é a dívida. Não é só a dívida da SAD, mas também a dívida do Clube. A segunda (meta), obviamente, é a desportiva. E a terceira é dar mais poder aos Sócios e aos adeptos. A primeira, recentemente, soubemos pelo Relatório e Contas da SAD, e não é nada que não fosse previsível. É possível fazer-se projeções à medida que os mandatos vão avançando. Há que estruturar, imediatamente, tudo aquilo que é o passivo e a dívida global da SAD, mas assente no modelo desportivo que vai ter de ser reconfigurado. Depois, a dívida do clube, que é algo que me toca pessoalmente e que tive de oportunidade de falar sobre isso na Assembleia Geral de junho, e, inclusivamente, fruto dessa intervenção, o Benfica contactou-me para explicar-me o universo da dívida do Benfica. Fiquei ainda mais preocupado". 

G. Pode concretizar?

JDM. "O Clube, que é uma associação, não tem fins lucrativos, tem uma exposição gigantesca (à dívida), que a qualquer momento pode colapsar se não houver um estudo de viabilidade económica para ser executado. Preocupa-me bastante. O segundo objetivo é o desportivo. Mesmo com todas as mudanças que têm de ser feitas, o desporto tem de se manter o objetivo principal: tem de se ganhar. A primeira tendência em que as pessoas pensam é ‘mas se ele vai reconstruir tudo e reconfigurar tudo, se calhar, vamos desinvestir para não conseguirmos, depois, ter os títulos’. É o contrário. Há uma reestruturação, tendo sempre como objetivo principal ganhar e manter essa sustentabilidade desportiva. A terceira (meta) tem a ver com os Sócios. Nós temos percebido ao longo deste mandato que a alteração aos Estatutos chegou tarde, a auditoria chegou tarde. Quando foi bandeira e premissa eleitoral por parte de quem lá está. Há temas demasiados significantes e intensos que devem ser do interesse dos Sócios e quero dar essa possibilidade de abrir (a porta aos Sócios). Não é só uma auditoria. É uma questão de a transparência ser um ativo extremamente tangível, porque as pessoas têm de ter acesso a essa informação e não sou eu que a tenho de avaliar. Basicamente, tenho de abrir essa porta, fazer a transparência e entregá-la aos Sócios". 

 “Nasci Benfiquista”

G. Uma candidatura destas, calculamos, não se faz sem apoios fortes: quem está por detrás da sua candidatura?

JDM. Neste preciso momento, o que vos posso dizer é que isto tem vindo a ser preparado há algum tempo. Não nasceu ontem. Não nasceu no último ano. É uma vontade minha já de há algum tempo e, ao longo dos anos, fui-me preparando. Neste momento, em termos institucionais, e é algo só mais à frente verão, porque, como temos aqui um ano e um mês praticamente, importa, também, não ter tudo em cima da mesa para, mais tarde, mostramos e, provavelmente, mostrar até mais aquilo que queremos fazer. Há que abrir, também, uma porta a uma coisa: a partir do momento em que lançamos esta candidatura, certamente, mais pessoas se juntarão a nós.

G. Mas quais os nomes que estão consigo? Noronha Lopes, Benitez? 

JDM. Atualmente, não estão, mas a candidatura está de porta aberta. Gostava muito de falar quer com Benítez, quer com Noronha Lopes, ou qualquer outro candidato que tenha surgido no passado. Quero falar com todos. Todos aqueles que queiram o bem para o Benfica e todos aqueles que quiseram ou queiram uma mudança para o Benfica. Acho que Benitez e também Noronha Lopes encaixam perfeitamente nesse segmento. Teria todo o prazer em falar com eles. Acho que falarei com eles, muito sinceramente. Se tiver essa oportunidade, tenho a certeza que vamo-nos entender e que eles vão-me apoiar.

“Noronha Lopes e Benitez, atualmente, não estão comigo, mas a candidatura está de porta aberta. Gostava muito de falar quer com Benitez, quer com Noronha Lopes, ou qualquer outro candidato que tenha surgido no passado. Quero falar com todos.”

G. Como descreve a sua ligação emocional ao Benfica? Qual é a memória mais marcante que tem como adepto do clube?

JDM. Tive a felicidade de nascer Benfiquista. Lembro-me de há alguns anos, num debate, o Dr. João Vale e Azevedo ter dito ‘que era mais Benfiquista quem conscientemente adquiriu essa ligação’ e discordo completamente. Não há aqui comparações. Não me lembro de ser benfiquista, eu nasci Benfiquista. A felicidade do meu pai ter passado essa ligação, nem sequer foi questionado o porquê de ser Benfiquista. Quer dizer, nasci Benfiquista. Não tenho de estar a pensar porque é que sou ou deixo de ser. Depois, tive outra felicidade, confesso. Os meus pais tiveram um ginásio de musculação no antigo Estádio da Luz. Na minha pré-adolescência e parte da minha adolescência, a minha vida era estar no Estádio da Luz e a estudar. Ou seja, saía de casa, ia para a escola e depois ia para o Estádio da Luz. O ginásio estava aberto de segunda a sábado, das 8h até às 22h e tinha de estar lá sempre. Nas férias de verão, era mesma coisa. Portanto, a minha vida, entre os oito e os 17 anos, era passada sempre no Estádio da Luz e o estádio antigo dizia-me muito. Conhecia-o como a palma da minha mão. O ginásio era na antiga porta 7, primeiro piso, ao lado de praticamente todos os Sócios, ao lado da loja do Benfica, por cima do Pavilhão Borges Coutinho, ao lado dos pavilhões de treino de basquete, atletismo, ping pong. Depois, o estádio estava aberto e andava pelos camarotes todos. Não é como hoje. Não havia segurança. Eram outros tempos. Essa ligação emocional, à parte da afetividade obviamente da família, foi muito mais forte para mim por causa de todos esses anos, finais de 80. Efetivamente, criei uma ligação muito mais forte. Tive muita dificuldade quando o estádio foi destruído. Era apologista que podia ter sido, de alguma forma, rejuvenescido, restruturado. Fiquei com pena. Portanto, a minha ligação emocional acaba por ser afetiva e familiar, mas também diretamente relacionado com a presença física que ainda hoje tenho presente na minha cabeça.

“Os meus pais tiveram um ginásio de musculação no antigo Estádio da Luz. Na minha adolescência, a minha vida era estar no Estádio da Luz e a estudar. Ou seja, saía de casa, ia para a escola e depois ia para o Estádio.”

Confira aqui as declarações de João Diogo Manteigas:

Entrevista exclusiva de João Diogo Manteigas ao Glorioso 1904:

 - Parte 1: Exclusivo Glorioso 1904 - “Tenho a certeza que Noronha Lopes e Benitez vão-me apoiar”

 - Parte 2: Exclusivo Glorioso 1904 – João Diogo Manteigas: “Não tenho Bruno Lage como uma pessoa de pulso forte”

 - Parte 3: A publicar no próximo domingo (15 de setembro)

 - Parte 4: A publicar no próximo domingo (15 de setembro)

 - Parte 5: A publicar no próximo domingo (15 de setembro)

 - Parte 6: A publicar na próxima segunda-feira (16 de setembro)

 - Parte 7: A publicar na próxima segunda-feira (16 de setembro)

 - Parte 8: A publicar na próxima segunda-feira (16 de setembro)


Futebol

'DICA' A RUI COSTA? VICE-PRESIDENTE DO BENFICA FALA SOBRE SAÍDA DE LUÍS MENDES: "AINDA NÃO PERCEBI"

Dirigente dos encarnados deu uma entrevista, esta sexta-feira, 19 de julho, onde abordou vários temas

Vice do Benfica fala sobre saída de Luís Mendes no mandato de Rui Costa
Vice do Benfica fala sobre saída de Luís Mendes no mandato de Rui Costa

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Jaime Antunes, vice-presidente e administrador do Benfica, em entrevista o jornal Record, esta sexta-feira, 19 de julho, falou sobre a saída de Luís Mendes do Glorioso, mostrando-se surpreendido com a mesma. 


"A saída de Luís Mendes? Sim, surpreendeu e ainda não percebi os motivos. Penso que nada o fazia prever. Com certeza que ele um dia irá explicar o que motivou a sua saída. Vi muitas especulações envolvendo o meu nome nessa matéria, mas nada daquilo que foi especulado justifica uma demissão nos termos e no momento em que foi feita. Eu sinceramente ainda hoje não percebi o que se passou. O Luís Mendes com certeza um dia haverá a explicar", começou por mencionar o dirigente do Benfica. 


Jaime Antunes foi ainda confrontado com o o 'choque' com Luís Mendes, na reunião da SAD, a 3 de junho. "Uma divergência de opiniões relativamente a determinados aspetos concretos da gestão do Benfica, mas nada mais do que isso. E divergências acontecem todos os dias num órgão coletivo. Penso que não é por aí que se justifica a demissão de Luís Mendes de maneira nenhuma", disse. 


Relativamente ao facto de Luís Mendes ser ou não uma baixa importante no Benfica, Jaime Antunes não tem dúvidas: "É sempre uma baixa importante, obviamente. Ainda por cima, tinha funções de muita responsabilidade no Benfica e, portanto, eu lamento a saída e, sobretudo, o momento". 

Vale destacar que, segundo adiantou o jornal Record, a razão para a saída de Luís Mendes prende-se na má relação com vários membros da direção do Benfica. Nomes como Fernando Tavares, Jaime Antunes e Fonseca Santos são responsáveis por complicações com o braço-direito de Rui Costa, especialmente após uma reunião da SAD na última semana.


Recorde-se que, Luís Mendes ocupava cargos de Comercial e Marketing Financeiro, HPD, Infraestruturas, Jurídico, Recursos Humanos, Segurança, Tecnologias e Sistemas de Informação, além de ser a principal cara na defesa do Benfica pela Centralização dos Direitos Televisivos da Liga Portugal.


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